LIVRO | A GAROTA NO TREM - PAULA HAWKINS

I.S.B.N: 9788501104656; Páginas: 378; Ano: 2015; Autora: Paula Hawkins; Gênero: Romance policial, suspense e mistério; Editora: Record.

Sinopse: Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d'água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. 

Avaliação: ★★★☆☆

Desde que vi escrito na capa que quem gostou de A garota exemplar iria gostar desse também fiquei doida para ler A garota no trem. Basicamente sou a louca dos thrillers, suspenses, mistérios e afins. Adoro a sensação que um bom suspense causa e a curiosidade que eles despertam em mim. Tudo isso começou com Aghata Christie com seus romances policiais em que você nunca imagina quem realmente cometeu o assassinato até chegar ao capítulo final.

O livro é narrado do ponto de vista de Rachel, Anna e Megan. Anna é a esposa de Tom, ex-marido de Rachel. Gosto bastante desse tipo de formato, já que lá nos capítulos finais vira um funil e uma narrativa complementa a outra, além disso você consegue enxergar melhor a visão do personagem. No decorrer da história eu pensei em vários possíveis culpados pelo sumiço de Megan e confesso que nunca passou pela minha cabeça ser quem foi. A forma como tudo acontece é intrigante ainda mais por causa dos apagões que Rachel tem e do mistério que se cria por causa disso.

Cheguei a pensar que os apagões que Rachel tinha eram tipo os do Norman Bates e se você por acaso assistiu Bates Motel, certamente irá pensar igual a mim. Mas depois ela explica que os apagões são por causa das bebidas, o que a transforma em uma pessoa totalmente não confiável.

Sem querer influenciar o leitor, mas já influenciando, eu simplesmente odiei a  Anna do início ao fim e, sem spoiler, claro, achei uma ótima lição que ela recebeu em um pequeno momento do livro. Também gostaria de dizer que eu até gostava do Scott, marido da Megan, até o momento em que ele descobre que na verdade Megan e Rach não eram amigas.

Quanto ao desfecho da história, o vilão da história, que não vou falar o nome ÓBVIO, é um maldito mentiroso, falso, dissimulado e tudo de ruim que há nesse mundo. pois é, sou bem exagerada, mas o cara é machista que agride mulher sem um pingo de culpa e aliás, segundo ele próprio, todas as suas más atitudes é culpa da mulher. É uma abordagem muito interessante aqui sobre como um misógino age tão natural como a luz do dia. Ele é frio e depois de ser descoberto mostra sua crueldade de forma assustadora. E pensar que existem homens assim fora da literatura. O bom é que no final ele recebe o que merece.

Agora posso confirmar que se você gostou da Amy Falsiane Dunne, com certeza vai gostar de A garota no trem. É inevitável fazer tal comparação, mas sugiro que você o leia com a mente aberta, por que não há dúvidas de que é um livro realmente muito bom.

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