quinta-feira, dezembro 17, 2020
Fastio
Eu sempre achei que chegar aos 30 anos seria tipo "a idade do sucesso". Só quem conhece Jenna Rink vai entender a referência. Mas basicamente eu imaginei que estaria na minha melhor fase, curtindo meus sobrinhos, meus animais.
Jamais passou pela minha cabeça que, a essa altura, eu estaria entediada, chateada e sem ânimo algum. Está tudo na mesma. Minha vida parou no tempo e não digo isso por causa da pandemia. Ela, a maldita pandemia, só veio para mostrar que eu realmente tenho uma vida que eu não queria ter.
Estamos tão acostumados a ler textos em que a pessoa que escreve conta que vê o lado bom das coisas, que precisamos viver cada minuto, já que a vida é curta. Tenho certeza de que você deve estar pensando "caramba, ela está mesmo escrevendo tudo isso em um blog público?".
Sim, estou. O ano está acabando e não vejo isso como o fim de um ciclo e novo recomeço. Vejo só mais dias passando, mais um ano passando. Estou inerte. Já tentei escrever minhas metas para 2021, coisas para fazer no próximo ano e tudo aquilo que você, leitor antigo do Sabe o inverno? está acostumado a ler nesse período do ano.
Eu queria. Eu queria mesmo fazer diferente. Eu queria ser independente ao ponto de não deixar fatores externos me afetarem. E quando digo isso me refiro a palavras e ações.
Queria estar em sintonia com o universo como eu estava, pelo menos, 7 anos atrás. A ideia surgia, não havia duas vezes para pensar.
Agora eu só quero que o dia acabe a noite chegue para eu poder dormir. Estou fazendo terapia, caso você esteja se perguntando.
quarta-feira, agosto 26, 2020
O home office não é para mim!
Fiquei alguns meses basicamente com férias adiantadas, recesso escolar e todos os feriados antecipados. Já era muito ruim o sentimento de incerteza.
Depois que voltamos, eu imaginei "ah que bom, agora tenho uma ocupação". Tadinha de mim, mal sabia que trabalharia dobrado, com inúmeras distrações e precisando intercalar uma reunião com a lavagem do banheiro. Ou fazendo os dois ao mesmo tempo.
Eu escrevi aqui no blog alguns textos sobre os meus sentimentos a respeito desse purgatório em que vivemos (aqui, aqui e aqui) e parece que cada dia surge uma aflição diferente. Toda a "mansidão" que passei durante uns três meses, agora está sendo cobrando, sabe?
Fico dividida entre "amo ser professora" e "por que não escolhi outra profissão?". Não que eu tenha desistido de pensar em uma outra ocupação, mas no final eu penso que eu queria mesmo era ter nascido herdeira e tenho certeza ainda, de que eu odiaria.
O trabalho em casa é complicado. Imagine você, que trabalha com blog e escuta há anos "você só trabalha com isso?". Então, agora imagina você ralar dia e noite, tentar manter a sanidade mental e as pessoas pensarem que está super tranquilo você trabalhar, dar conta da casa, da vida social (vida social em plena pandemia, sim, você leu isso), e ainda lidar com todas as interrupções enquanto você cria material escolar para uma criança que mal saiu da educação infantil?
É um desabafo, entenda. Eu realmente gostaria de fazer bem mais por todas as crianças que dou aula. Elas são infinitamente as mais prejudicadas em meio a toda a essa loucura. Mas sabe, eu me sinto mal quando acordo de bom humor e bem disposta.
Pois é, lidar ainda com "sua felicidade clandestina" é complicado. Parece que é mais fácil eu me manter com raiva, de cara feia e chorosa do que tornar minha "alegria" algo que não deveria ser o destaque do dia, a capa do jornal da cidade.
Misturei tudo, né? É isso. Home Office pode ser o sonho de muita gente. Para mim não está legal. Está consumindo minha energia (que já não era muita) e não consigo administrar isso mais de um mês depois.
segunda-feira, julho 20, 2020
Coisas que eliminei para diminuir minha ansiedade
1 - Grupos de Whatsapp
2 - Várias contas do Instagram
3 - Séries com 97 temporadas
4 - Algumas coisas do dia a dia
segunda-feira, maio 04, 2020
Como manter a sanidade durante a quarentena
Nossas vidas mudaram, isso é fato. Não tem como vier mais como vivíamos antes e isso causa grande ansiedade. Não saber como serão as coisas amanhã, se ainda teremos dinheiro ou emprego é estressante.
Eu faço parte dos privilegiados que podem ficar em casa. Graças a Deus por isso, mas sei que muita gente não pode. Ambas as situações causam um embaraço na cabeça. Mas a vida não parou, ela só está diferente.
Estou seguindo algumas dicas próprias, coisas que estão funcionando comigo e que na maioria das vezes me deixa mais calma e menos apreensiva em relação ao dia de amanhã.
1 - Leia livros com histórias leves
Ok, eu não sou a melhor referência em livros com leituras leves, já que adoro um suspense, terror, thriller e por aí vai. Ainda assim, tenho aqui algumas opções de leituras leves como crônicas, livros de humor.
Livros sempre me salvam. Se você é do time que não gosta ou não tem paciência para ler, que tal tentar algo novo agora? De repente você ama ler, só não sabe ainda.
2 - Hidrate o cabelo
Eu amo cuidar do meu cabelo. Não sabia disso até querer fazer e não ver sentido. Confissões da meia noite: no início da quarentena eu não penteava o cabelo. Era só uma mãozinha aqui, outra ali.A sensação de autocuidado não tem preço. Mesmo em casa, hidrate, faça um cronograma capilar, cuida da sua pele. Sinta-se bem com você mesma.
3 - Escute músicas que acalmam
Eu amo rock, porém detesto barulheira. Não tem jeito, sempre que me sinto nervosa ou sinto que não tenho mais esperança eu coloco uma playlist calminha no fone de ouvido.Quem usa Spotify tem a vantagem de já ter essas listas prontas, mas com certeza você encontra também listas no Youtube. Tente um ASMR, eu não curto, mas de repente você sim.
4 - Esqueça o noticiários
Assim que tudo começou eu queria ficar por dentro de tudo. Queria saber números, locais, TUDO. Depois de uns dias notei que era tudo gatilho para desencadear uma ansiedade horrível. Consequência? Excesso de remédios para me acalmar.Você não precisa saber de tudo nesse momento. Você precisa se cuidar, se proteger e cuidar da sua saúde de todas as formas. Esqueça os jornais, pode apostar que você vai se sentir mais leve.
5 - Escreva a mão
É impressionante como escrever à mão traz benefícios. Não sou eu quem está falando. Vários estudos indicam que é um ótimo exercício motor, ajuda na concentração e absorvição de informações. Aumenta o vocabulário, ajuda na criatividade.
Sem contar que escrever como você está se sentindo faz com que você se conheça melhor e saiba o que está te fazendo bem ou mal.
6 - Faça um detox nas redes sociais
Já passou da hora de revermos a influência digital. Antigamente eu só me sentia infeliz e vazia quando via a vida perfeita das pessoas nas redes sociais. Hoje só sigo quem realmente me agrega alguma coisa.Agora na quarentena vimos o quanto alguns influenciadores são irresponsáveis. Desde festinhas até venda de testes para Covid-19. Eu vi de tudo e fiz um limpa.
Caso você não queira deixar de seguir aquela pessoa da família, pelo menos silencie. Não é porque é família que te faz bem. Não deixe que a "vida perfeita" dos outros faça você se sentir inferior.
E é isso, espero que te ajude um pouco e torço para que tudo passe logo.
Até mais.
segunda-feira, janeiro 28, 2019
COMO EU LIDO COM A ANSIEDADE
*Texto escrito em dezembro/2017. Hoje estou bem melhor da ansiedade, mas sei que esse texto pode ajudar alguém.
segunda-feira, dezembro 18, 2017
LIVRO | PERDÃO, LEONARD PEACOCK - MATTHEW QUICK
Sinopse: Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.
Sempre que leio algo relacionado a suicídio sinto um aperto muito grande aqui dentro de mim. Esse é o tipo de livro que você torce para que no final tudo dê certo, melhor dizendo, tudo dê errado e que o personagem principal não se mate. Certamente esse foi um dos livros que mais me tocou nos últimos tempos.
Fiquei pensando a todo instante como é difícil ver sua vida despedaçada, parecendo que não existe uma luz no fim do túnel e que ninguém é capaz de mudar aquilo dentro de você, mas ao mesmo tempo você implora por dentro que alguém note que alguma coisa mudou. Uma vez eu ouvi que quando uma pessoa quer se matar e ela está determinada a fazê-lo, ninguém pode fazer nada para mudar. Eu penso completamente diferente.
Já ouvi que depressão depende unicamente da pessoa querer mudar. Porém quantas vezes você quer apenas que as pessoas notem que você está quebrado de alguma forma?
No livro, o personagem Leonard está decidido a matar o ex melhor amigo e cometer suicídio depois. No entanto, ao longo da história ele vai falando que algumas pessoas poderiam mudar aquele dia, que por sinal é seu aniversário. Uma palavra as vezes pode mudar o curso inteiro de uma historia, mas normalmente ninguém esta disposto a falar alguma coisa.
Perdão, Leonard Peacock é um livro extremamente emocionante, que trata de abuso sexual e todas as consequências que ele traz. Nos faz pensar sobre como é importante a figura materna e o fato de ela, que deveria ser a pessoa que mais te ama na vida, fazer diferença quando o assunto é acolher. Também percebi, ainda mais eu sendo professora, o quanto é importante o papel da escola e dos professores no tratamento de pessoas com depressão. Claro, professor não é médico, mas é um dos que mais consegue ter facilidade em perceber algo errado.
Em 13 Porquês temos vários exemplos de vezes em que a Hannah poderia ter sido ajudada, ela deixou claro várias vezes que não estava bem. É para refletir mesmo. É um assunto bastante delicado, mas depois de ler PLP, entendi mais ainda o poder que as palavras tem de salvar vidas.
quinta-feira, novembro 16, 2017
EU FICO ANSIOSA OU: COMO TENTAR MUDAR MEU ESTILO DE VIDA ME FAZ PIRAR
Estou me sentindo bem aliviada depois de escrever esse post. É como se algo estivesse preso aqui na garganta e que eu precisava falar para as pessoas que me leem. Espero que me compreendam e compreendam o sentido desse textão e caso vocês saibam de produtos alterativos e que realmente tenham preços bons, por favor me indiquem, aos poucos eu acho que consigo chegar lá. Ou quase lá.
terça-feira, outubro 31, 2017
O QUE FAZER QUANDO SE SENTIR PARA BAIXO?
Dizem que antes de fazer algo idiota ou dar uma resposta grosseira, se você respirar, alivia o estresse. Parece que ventilar o cérebro evita que façamos uma burrada. Quando eu penso que nada mais vai dar certo nessa vida, eu apenas sento e respiro. Respiro até conseguir raciocinar melhor. Às vezes isso também me ajuda, principalmente assim que acordo e já estou na bad.
É isso. Espero que também possa te ajudar de alguma forma e se precisar de um ombro amigo e virtual, é só chamar.