segunda-feira, março 20, 2017

LIVRO | SUICIDAS - RAPHAEL MONTES

I.S.B.N: 9788564065574; Páginas: 488; Ano: 2012; Autor: Raphael Montes; Gênero: Suspense e mistério; Editora: Benvirá.
SinopseUm porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado universitários da elite carioca – e aparentemente sem problemas – a participarem de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas no turbilhão de momentos que culminaram na morte dos seus filhos. A reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo muito maior começa a se revelar.
Avaliação: ★★★★☆

Sempre fui muito fã de histórias de terror, porém, ultimamente, estou devorando livros do gênero e quanto mais mistério e suspense, melhor. Os thrillers estão ocupando cada vez mais espaço no meu Kobo. Abro um parêntesis aqui para dizer que, sim, livros físicos estão muito caros então estou aproveitando ao máximo a leitura digital, ainda mais que os preparativos para juntar as escovas de dente
com o Rodrigo são prioridade no momento. Mas voltando ao assunto, não sei por qual motivo estou tão obcecada por historias de terror, tanto da ficção quanto as que ocorreram na vida real e nada melhor do que um bom livro, certo?

Em uma busca rápida, passei pela sessão de terror/suspense do Submarino e acabei parando em Suicidas. Li a sinopse e achei a ideia interessante e só lá pela página 30 me dei conta de que estava lendo um autor nacional. Sou entusiasta da literatura nacional e super-incentivadora, mas convenhamos que, nos dias de hoje, é mais fácil encontrar livros sobre romances e casais que têm um final feliz do que bons livros relacionados a outros temas. Já li ótimos livros com temática diferente e me surpreendi a cada página lida, e sinceramente? Dou o maior dez para quem se arrisca a fugir do clichê. 

Suicidas é livro com uma ideia inovadora, ao menos para mim. Você já parou para pensar o que se acontece na cabeça de um suicida? O que leva um indivíduo a tirar a própria vida? Podem ser N motivos e não cabe a ninguém julgar, mas já imaginou cometer suicídio em nome da fama? Em busca de algo glorioso, mesmo que tudo isso tire o que há de melhor no mundo que é viver? Os oito personagens que são apresentados no decorrer da história são pessoas comuns, cada um com seu motivo pessoal para estar ali, mas o protagonista, Alessandro, busca algo além de acabar com os problemas. Ele quer ter seu nome reconhecido. 

O livro é dividido em capítulos, mas algo que achei interessante é que eles são narrados a partir de três perspectivas: 1) através das anotações de Alessandro, onde ele conta o porquê de querer suicidar-se e mais detalhes sobre os acontecimentos anteriores; 2) através da gravação da reunião com as mães dos envolvidos, que consiste basicamente na leitura das anotações do Ale feita pela delegada Diana, que é quem investiga o caso; e 3) do livro que Alessandro está escrevendo sobre aquele dia. 

Sabe aquele tipo de história que você imagina vários finais possíveis e acaba não sendo da forma como você pensou? Suicidas tem um final surpreendente. A história toda é envolvente, mas, sem dúvidas você nunca vai acertar como tudo acaba. Eu mesma fiquei com a boca aberta por vários minutos quando cheguei a pagina final. Senti muita pena do Otto e do Noel, não consegui visualizar a Waléria na minha mente, tive raiva do Zak, sentimento neutro em relação ao Ale... cheguei a pensar que o acidente envolvendo os pais do Zak era uma farsa. BTW, foram tantos sentimentos que nem sei descrever sem mandar um spoiler.

Todo o mistério sobre como vai terminar é legal demais. Oito pessoas decidem brincar de roleta russa, sendo que um deles vai escrever tudo em tempo real, e aí, como termina? Enfim, fica aqui minha recomendação e meu pedido: Querido Raphael Montes, nunca pare de escrever!

quarta-feira, março 01, 2017

SENTINDO-ME NOSTÁLGICA (OBRIGATORIAMENTE)

Faz alguns dias que a minha internet faleceu de vez. Ainda nem sinal ou esperança de retorno. Com isso, para não ficar me sentindo em marte durante tanto tempo andei recorrendo a aparelhos que achei que nunca mais veria/usaria na minha vida.

Tudo começou quando percebi que tinha chegado ao fim da nona temporada de The Big Bang Theory que estava em um pen drive (eu via na TV) e não tinha mais nada que eu pudesse fazer nos meus dias de folga. Bom, tenho alguns DVDs na estante e pensei: why not? Foi assim que recorri ao meu pai. Ele tem um arsenal de equipamentos antigos, tais como aparelhos de DVD, vitrolas, toca fitas, rádios AM/FM, vídeo cassete e por aí vai. Prontamente ele, que é um amor, colocou o aparelho de DVD no meu quarto e deixou tudo no ponto para que eu pudesse maratonar Friends. Para não ficar só nisso, as vezes eu alternava entre Friends e Lost. É ou não é muita nostalgia misturada?

Não para por aí. Até que para algumas coisas a internet 4G estava quebrando o galho, mas, como sabemos, muitas vezes ela dá mais raiva do que alívio, e aí aconteceu que hoje pela manhã meu pacote de dados, que eu julgava ótimo, acabou assim do nada. Nem sei se acabou na verdade, só sei que não funciona. Como disse ali em cima, para não me sentir em outro planeta por tanto tempo voltei correndo no papai e pedi um desses rádios para ficar por dentro das notícias. Você deve estar se perguntando: e porque não ver TV? A minha resposta é: se não estiver passando série, filme ou algum desenho, sem chance. Ah, além disso, cancelamos a Sky aqui em casa temporariamente apenas por ela ser uma grande f#@$%¨da p#$%¨&.

Apesar de estar desolada porque estou precisando me virar nos trinta para não ficar louca, foi algo bem legal e assustador ao mesmo tempo; relembrar os ~nem tão~ velhos tempos e perceber como a tecnologia nos aprisiona. Em todo caso, sigo tentando ver o lado bom de tudo isso.

Esse post foi escrito na praça de alimentação do shopping perto de casa (enquanto tomava esse belo milkshake de café da foto, porque sem café a vida não vai) a única wi-fi grátis das redondezas. Depois disso dei uma atualizada nas redes sociais e agora é só torcer para que chegue logo semana que vem e que eu sobreviva até que tudo volte ao normal. Até lá, a praça de alimentação será meu novo local de trabalho.

É a Milca!. Design by Berenica Designs.