quarta-feira, junho 13, 2018
COMO FOI O #MOCHILÃODARECORD
O evento foi mediado pelas fofas Shirley Tuxo e Rafa Mchado, que fazem parte da equipe de marketing da editora. Meus parabéns, porque as duas são umas fofas e fizeram o evento ser melhor ainda. Muito divertidas, atenciosas e contam um resumo do livro como ninguém.
Além de ficar sabendo de todos os melhores lançamentos, ainda recebemos alguns brindes literários super fofos. Todos os marcadores acima - como vocês sabem, eu coleciono - e são todos de novos livros da editora, teve boton. cartão e uma ecobag lindinha demais. Esses eventos literários estão me deixando sem espaço para ecobag (rindo sozinha aqui)
Como vocês podem perceber, existem gatos que não perdem a chance de sair na foto. Além de tudo, ainda tive a oportunidade de encontrar duas amigas queridíssimas que a internet e os livros me trouxeram.
Fotos roubadas descaradamente do facebook da Karol, porque sim (adorei o look da Thainá). Eu simplesmente adorei o evento e já estou ansiosa pelos próximos e para encontrá-las.
Fiquei com vontade de comprar vários livros anunciados, entre eles Tarde Demais da Coleen Hoover, Todo dia do David Levithan e O dia em que o presidente desapareceu, escrito pelo Bill Clinton e pelo James Patterson. Se eu encontrar na Feira do Livro, sem dúvida trarei. Aliás, a feira já começou e estou muito ansiosa para fazer uma visitinha.
Espero que tenham curtido e ano que vem espero que tenha novamente.
quarta-feira, junho 06, 2018
LIVRO | ENTERRE SEUS MORTOS - ANA PAULA MAIA
Ando em um ritmo de leitura muito bom. Isso tem me empolgado bastante, porque estou conseguindo conciliar várias atividades e ler tem ocupado bastante do meu tempo. O que é algo maravilhoso. No final de semana que emendou com o feriado, ao invés de dizer que eu "não fiz nada", posso afirmar que fiz tudo o que eu queria ter feito. Conseguir parcerias para o blog tem me motivado mais ainda.
Um dos livros escolhidos dentre as opções disponibilizadas pela editora Companhia das Letras, Enterre seus Mortos foi um dos títulos que mais me chamou a atenção. Confesso que quando li a sinopse, nem me liguei no nome da autora e que ela era brasileira. Foi uma surpresa muito grande quando cheguei ao fim e pude colocá-lo no roll dos meus livros preferidos de sempre.
Sinopse: Edgar Wilson é “um homem simples que executa tarefas”. Trabalha no órgão responsável por recolher animais mortos em estradas e levá-los para um depósito onde são triturados num grande moedor. Seu colega de profissão, Tomás, é um ex-padre excomungado pela Igreja Católica que distribui extrema unção aos moribundos vítimas de acidentes fatais que cruzam seu caminho. A rotina de Edgar Wilson, absurda em sua pacatez, é alterada quando ele se depara com o corpo de uma mulher enforcada dentro da mata. Quando descobre que a polícia não possui recursos para recolhê-lo — o rabecão está quebrado —, o funcionário é incapaz de deixá-lo à mercê dos abutres e decide rebocar o cadáver clandestinamente até o depósito, onde o guarda num velho freezer, à espera de um policial que, quando chega, não pode resolver a situação. Nos próximos dias, o improvisado esquife receberá ainda outro achado de Wilson, o lacônico herói deste desolador romance kafkiano: desta vez o corpo de um homem. Habituados a conviver com a brutalidade, Edgar e Tomás não se abalam diante da morte, mas conhecem a fronteira, pela qual transitam diariamente, entre o bem e o mal, o homem e o animal. Enquanto Tomás se empenha em salvar a alma, Edgar se preocupa com a carcaça daqueles que cruzam seu caminho. Por isso, os dois decidem dar um fim digno àqueles infelizes cadáveres. Em sua tentativa de devolvê-los ao curso da normalidade, palavra fugidia no universo que Ana Paula Maia constrói magistralmente, os dois removedores de animais mortos conhecerão o insalubre destino de seus semelhantes. Com uma linguagem seca, que mimetiza as estradas pelas quais o romance se desenrola, a autora faz brotar questões existenciais de difícil resolução. O resultado é uma inusitada mescla de romance filosófico e faroeste que revela o poderoso projeto literário de Maia.
Avaliação: ★★★★★
O livro, como já disseram em algum momento, é um "soco no estômago". Você sente através dele toda a podridão com que Tomás e Edgar Wilson convivem. Foi uma leitura que me trouxe uma experiência muito diferente. Ao fim do livro eu não tinha palavras para descrever a sensação.
Como imaginar um trabalho em que você tenha que recolher animais mortos das pistas? Depois de tantos anos fazendo isso, Edgar Wilson e Tomás enxergam a vida e a morte de uma forma bem distinta dos demais seres humanos. Além disso, com muita frequência, eles se veem diante de acidentes fatais com pessoas. Nota-se que eles são indivíduos secos diante da vida, que não se abalam por qualquer motivo e que demonstram total frieza, não por serem pessoas ruins. Muito pelo contrário.
"Tomás sorri. Solta a fumaça do charuto e aspira em seguida. Edgar Wilson não gosta de ser incomodado com perguntas. Costuma manter seus pensamentos em silêncio e longe dos outros. Não gosta de ser ouvido ou mesmo notado. Mantém-se num habitual estado de isolamento. Impenetrável."
Como imaginar um trabalho em que você tenha que recolher animais mortos das pistas? Depois de tantos anos fazendo isso, Edgar Wilson e Tomás enxergam a vida e a morte de uma forma bem distinta dos demais seres humanos. Além disso, com muita frequência, eles se veem diante de acidentes fatais com pessoas. Nota-se que eles são indivíduos secos diante da vida, que não se abalam por qualquer motivo e que demonstram total frieza, não por serem pessoas ruins. Muito pelo contrário.
"Tomás sorri. Solta a fumaça do charuto e aspira em seguida. Edgar Wilson não gosta de ser incomodado com perguntas. Costuma manter seus pensamentos em silêncio e longe dos outros. Não gosta de ser ouvido ou mesmo notado. Mantém-se num habitual estado de isolamento. Impenetrável."
Espera-se que eles não tenham sentimentos, mas a verdade é que ao se deparar com o cadáver daquela mulher, a céu aberto, sendo devorado por abutres a primeira coisa que Edgar pensa é que não pode deixá-la ali. Acontece que tirar aquela mulher da corda, pendurada na árvore, é o menor dos problemas para Edgar. Em uma cidade em que claramente não há respeito pelos mortos, o mais difícil é conseguir dar um destino final àquela pessoa.
Tomás, na sua condição de padre, mesmo excomungado, também apresenta um certo sentimento por todas as pessoas que morrem naquelas estradas. Nunca permite que uma pessoa morra sem antes oferecer uma mensagem para que ela vá em paz.
"Tomás segura com cuidado a cabeça do motociclista estendido no chão. Coloca delicadamente a mão sobre o peito do homem, que solta golfadas de sangue e balbucia uma prece. Tira do bolso um vidrinho com água benta, molha a ponta do dedo e faz o sinal da cruz na testa e na boca do homem. Enquanto morre, agarra com força o braço do padre, que se mantém ali amparando-o em seu momento de morte. Ao menos não está sozinho. Tomás lhe dá algum conforto. Ninguém nasce só e não deveria morrer só. Tomás permanece rezando baixinho e vislumbra o momento exato em que o fôlego de vida deixa o homem e volta para Deus."
Tomás, na sua condição de padre, mesmo excomungado, também apresenta um certo sentimento por todas as pessoas que morrem naquelas estradas. Nunca permite que uma pessoa morra sem antes oferecer uma mensagem para que ela vá em paz.
"Tomás segura com cuidado a cabeça do motociclista estendido no chão. Coloca delicadamente a mão sobre o peito do homem, que solta golfadas de sangue e balbucia uma prece. Tira do bolso um vidrinho com água benta, molha a ponta do dedo e faz o sinal da cruz na testa e na boca do homem. Enquanto morre, agarra com força o braço do padre, que se mantém ali amparando-o em seu momento de morte. Ao menos não está sozinho. Tomás lhe dá algum conforto. Ninguém nasce só e não deveria morrer só. Tomás permanece rezando baixinho e vislumbra o momento exato em que o fôlego de vida deixa o homem e volta para Deus."
É um livro bem difícil de digerir, ainda mais quando vai chegando ao final e você nota o quanto a cidade é esquecida, as pessoas são esquecidas e um morto é apenas um morto. Dá para sentir profundamente a indiferença em relação ao que deveria ser um momento de reflexão.
A riqueza de detalhes do cenário em que tudo acontece chega a ser nauseante. A forma como Ana Paula Maia é direta impressiona. É uma obra que certamente irei ler novamente. Apesar de ser um livro curto, eu precisei parar algumas vezes para respirar. Levei uns dois dias para finalizá-lo e cheguei ao fim com uma sensação de que não havia mais chão embaixo dos meus pés. Penso que há bondade em todos nós, mesmo diante de todas as atrocidades do mundo que nos cerca.
"Os peixes mesmo mortos, brilham. Os homens quando morrem são cobertos de trevas e tudo se apaga rapidamente. O que havia nesses olhos se foi. Não há mais nada ali."
I.S.B.N: 9788535930672; Páginas: 136; Ano: 2018; Autor: Ana Paula Maia; Gênero: Ficção/Literatura Brasileira; Editora: Companhia das Letras.
segunda-feira, maio 28, 2018
MINHA PRIMEIRA TATUAGEM
Eu nunca tive coragem de fazer uma tatuagem. Sempre fui daquele tipo de pessoa que "acha lindo, mas não em mim". Mas já tinha um tempinho que eu criei coragem e queria muito tatuar uma das minhas maiores paixões. Quando publiquei esse post sobre tatuagens delicadas eu já tinha decidido o que seria, mas ainda estava em busca de novas inspirações.
Foi um processo de muita pesquisa, porque confesso que um dos maiores medos que eu tinha era fazer uma tatuagem - algo que é para sempre - e não gostar. Fiquei com medo de o traço ficar feio, ficar parecendo tatoo de ex-presidiário, enfim, foi um medo grande.
Também foi uma dificuldade enorme decidir o quê seria a minha primeira tatuagem. Quando decidi fazer uma câmera e fui buscar inspirações na internet, foram tantas ideias que mais uma vez passei pelo processo de escolher qual câmera iria virar tatuagem. Não é nada fácil, viu!
Foram vários medos superados. Um deles era a minha mãe. Sim, eu com quase 30 anos levo muito em consideração a opinião da mamãe. Ela sempre criticou tatuagens abertamente, então eu tinha muito medo de que ela falasse algo que fizesse eu me arrepender. Para a minha surpresa, ela achou lindo.
Além de tudo isso, o pavor de sentir dor era imenso. Porém, foi uma dorzinha muito boa, não sofri. O problema é que na semana em que tatuei, tinha uma viagem marcada para Caldas Novas e uma das recomendações era evitar piscina. Fazer o quê. Fui mesmo assim e tentei deixar o braço ao máximo para fora da água, até porque naquelas águas quentinhas o bom mesmo é ficar parada lá no cantinho relaxando.
Enfim, queria mesmo compartilhar com vocês esse momento tão importante para mim. Como dizem, depois da primeira é um caminho sem volta e eu já quero fazer várias outras. Inclusive em breve teremos mais um post com inspirações de tatuagens, porque estou muito nessa vibe.
Você tem uma tatuagem? Com que idade você fez?
Faz um bom tempo que não indico nenhuma série por aqui, mas o motivo é o de sempre, basta reler algumas postagens mais antigas que vocês vão perceber um padrão aqui. Mas como somos brasileiros, não desistimos nunca, tanto eu quanto vocês. Voltamos com a série Safe, novidade da Netflix.
Sinopse: Tom (Michael C. Hall) é um cirurgião pediátrico que cuida sozinho de suas filhas, Jenny e Carrie, após sua esposa vir a falecer. No entanto, sua vida muda drasticamente quando uma delas desaparece a caminho de uma festa. Agora, esse pai desesperado inicia uma investigação para descobrir o paradeiro da menina, fazendo com que segredos de pessoas próximas comecem a ser revelados.
O principal motivo que me levou a assistir Safe, sem sombra de dúvidas, foi o fato de ter Michael C. Hall no elenco, os fãs de Dexter com certeza vão querer matar a saudade dele. O segundo motivo é que, como vocês sabem, eu adoro um bom suspense. Nunca li nada do escrito Harlan Coben, mas tenho muita curiosidade, já que eu amo esse tipo de leitura, Aliás, já coloquei alguns livros dele na lista.
Eu particularmente amei Safe, porque tem tudo o que eu gosto em uma história: mistério, gente desaparecida, um assassinato sem solução, esqueletos no armário e o elefante na sala.
Desde que comecei com a minha obsessão por suspense aprendi que nada fica escondido por muito tempo e mentira tem perna curta. Não adianta, uma hora alguém vai soltar uma frase que vai entregar um segredo muito bem escondido. Ah, e mais uma coisa: nós nunca vamos conhecer alguém por completo.
As atuações ficaram ótimas e adorei ver M. C. Hall no papel de um médico. Achei todos muito suspeitos, mas só fui perceber quem realmente havia cometido o assassinato do Chris já no penúltimo episódio. Sou péssima para perceber esse tipo de coisa.
Gosto muito de séries que têm poucos episódios, porque a história não se perde e acho que cada cena é muito bem aproveitada. Séries como as da CW, que têm mais de vinte episódios, acabam sendo "encheção de linguiça" e a história fica cheia de lacunas. Aqui temos um total de oito episódios, logo, tudo muito bem objetivo.
Deixo aqui a minha indicação da semana e prometo voltar com mais séries que assisti, mas acabei não comentando. Espero que curtam e até a próxima.
Eu particularmente amei Safe, porque tem tudo o que eu gosto em uma história: mistério, gente desaparecida, um assassinato sem solução, esqueletos no armário e o elefante na sala.
Desde que comecei com a minha obsessão por suspense aprendi que nada fica escondido por muito tempo e mentira tem perna curta. Não adianta, uma hora alguém vai soltar uma frase que vai entregar um segredo muito bem escondido. Ah, e mais uma coisa: nós nunca vamos conhecer alguém por completo.
As atuações ficaram ótimas e adorei ver M. C. Hall no papel de um médico. Achei todos muito suspeitos, mas só fui perceber quem realmente havia cometido o assassinato do Chris já no penúltimo episódio. Sou péssima para perceber esse tipo de coisa.
Gosto muito de séries que têm poucos episódios, porque a história não se perde e acho que cada cena é muito bem aproveitada. Séries como as da CW, que têm mais de vinte episódios, acabam sendo "encheção de linguiça" e a história fica cheia de lacunas. Aqui temos um total de oito episódios, logo, tudo muito bem objetivo.
Deixo aqui a minha indicação da semana e prometo voltar com mais séries que assisti, mas acabei não comentando. Espero que curtam e até a próxima.
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