terça-feira, julho 04, 2017

SÉRIE | THE HANDMAID'S TALE

Esses dias, decidi largar o iPad um pouco - que é onde assisto Netflix - e procurei uma série diferente para assistir. Como sou mega fã de mistério, drama, suspense, ficção, terror e afins, acabei parando em The Handmaids Tale. Olha, pense em uma série incrivelmente perturbadora! Ela tem uma história muito interessante e contundente.

Sinopse: Baseado na obra de Margaret Atwood, The Handmaid's Tale conta a história na distopia de Gilead, uma sociedade totalitária que foi anteriormente parte dos Estados Unidos. Enfrentando desastres ambientais e uma taxa de natalidade em queda, Gilead é governada por um fundamentalismo religioso que trata as mulheres como propriedade do estado. Como uma das poucas mulheres férteis restantes, Offred é uma serva na casa do comandante, uma das castas de mulheres forçadas à servidão sexual como uma última tentativa desesperada para repovoar um mundo devastado. Nesta sociedade aterrorizante onde uma palavra errada pode acabar com sua vida, Offred vive entre comandantes, as suas mulheres cruéis e seus servos - onde qualquer um poderia ser um espião para Gilead - tudo com um único objetivo: sobreviver e encontrar a filha que foi tirada dela.

Achou interessante? É uma história fictícia, mas não deixa de nos fazer pensar sobre o papel da mulher na sociedade, tanto do passado, quanto do presente e, claro, do futuro. Óbvio que algo parecido jamais aconteceria, ainda mais com mulheres poderosas que não permitem que nossos direitos sejam diminuídos, entretanto faz você pensar que em algumas culturas mulheres servem apenas para reprodução, estou mentindo? Margaret Atwood fez alguns comentários interessantes quando perguntada sobre sua obra, é um texto grande, mas que vale a pena tirar um tempinho para ler:

“Primeiro: o livro é ‘feminista’? Se você quer dizer um panfleto ideológico no qual todas as mulheres são anjos e/ou tão vitimizadas que são incapaz de escolhas morais, não. Se você quer dizer um livro no qual mulheres são seres humanos – com todas as variações de caráter e comportamento que isso implica – e também são interessantes e importantes, e o que acontece com elas é crucial para o tema, estrutura e trama do livro, então. Nesse sentido, muitos livros são ‘feministas’. (…) A segunda pergunta é: ‘The Handmaid’s Tale’ é contra a religião? Novamente, depende do que você acha. É verdade, um grupo de homens autoritários tomam o controle e tentam retomar uma versão extrema do patriarcado, na qual mulheres (como escravos americanos do século 19) são proibidas de ler. Mais para a frente, elas não podem mais ter dinheiro ou ter empregos fora de casa, ao contrário de algumas mulheres na Bíblia. No livro, a ‘religião’ dominante quer obter controle doutrinário, e denominações religiosas familiares a nós estão sendo aniquiladas. Então o livro não é anti-religião. É contra o uso da religião como justificativa para a tirania; o que é algo totalmente diferente. A terceira pergunta é: o livro é uma previsão? Não, porque prever o futuro não é possível: há muitas variáveis e possibilidades impossíveis de descobrir. Vamos dizer que seja uma antiprevisão: se esse futuro pode ser descrito com detalhes, talvez ele não vá acontecer. Por causa da recente eleição americana, medo e ansiedade se espalham. Liberdades civis básicas são vistas como ameaçadas, assim como muitos direitos conquistados pelas mulheres nas últimas décadas e nos últimos séculos. Nesse clima divisivo, no qual ódio por vários grupos parece aumentar e o desprezo por instituições democráticas está sendo expressado por extremistas de todos os tipos, é certeza de que alguém, em algum lugar está escrevendo o que está acontecendo enquanto essa mesma pessoa vivencia tudo isso. Ou as pessoas vão se lembrar e gravar depois, se puderem. Essas mensagens serão oprimidas e escondidas? Elas serão encontradas, séculos depois, numa casa antiga atrás de uma parede. Vamos torcer para que isso não aconteça. Eu acho que não vai.”

A série tem apenas dez episódios e, pelo menos comigo, foi questão de dois dias para terminar, apenas porque alguns compromissos me impediram de terminar em um dia. Os personagens são muito bem construídos e as atuações são ótimas. Eu amo quando vejo um ator que gosto fazendo um papel em uma série nova e boa, é o caso da Alexis Bledel, da Samira Wiley e da Serena Joy. Bom, fica aqui minha indicação, espero que curtam.

15 comentários

  1. nossa, ouço cada vez mais boas críticas sobre essa série, todas falando que é maravilhosa e perturbadora. quero muito assistir (quando as milhares de atrasadas permitirem, hehe)

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  2. Já escutei falar dessa série e quero muito vê....

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  3. Eu também adoro temas que envolcem mistério, ficção, suspense. Essa série me chamou muita a atenção. Estou assistindo algumas séries na Netflix, mas já procurei essa também. Adorei seu post :)

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  4. Não conhecia mais confesso que por seu relato gostei muito,já quero ver !

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  5. Ainda não assisti a essa série, assisto bem pouco, na verdade. Mas fica a dica para quando for assistir, parece ser boa.

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  6. Nunca ouvi falar nessa série, não conhecia mesmo. Mas pelo o que você falou parece ser muito legal, já vou começar a assistir !

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  7. Sou apaixonada por séries e ainda não conhecia essa, já vou procurar para assistir pq me interessei bastante. E como tem um lado de ficção me deixou ainda mais curiosa rs

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