Acontece que, mesmo sendo eterno, ele morre. E quando volta ele sempre está dentro da água e nu, fazendo com que ele tenha que dar uma desculpa mais esfarrapada que a outra para quem o veja assim. É sempre muito engraçado. O problema é que ele não pode morrer na frente de ninguém, porque ele simplesmente desaparece do local.

Além de inteligente, o Henry é muito engraçado e tem um sotaque inglês lindo. Apesar de passar muito tempo com a Jo, dá para perceber que eles são amigos e não têm segundas intenções. Até agora, né? O Lucas, seu assistente sempre me faz rir. O jeitão nerd dele e as falas me lembram muito a Felicity, de Arrow. 

Outra coisa muito legal, é que sempre inicia e termina com o Henry narrando e, geralmente, ele fala umas frases muito bonitas, sabe, aquelas que te faz refletir, por isso separei algumas que mais gostei.

"Para os mortos, tudo é esquecido, mas nem tudo é perdido porque ainda lembramos deles. Alguns lembramos com carinho, outros nem tanto. Poucos são lembrados por muitos e muitos por poucos." (episódio 4)  

"Há coisas para todos nós que até todo tempo do mundo não seria capaz de apagar." (episódio 7) 

"[...] mas há algumas feridas que não podem ser curadas. São muito profundas. Enfim,você pode viver no passado, ou aproveitar o presente, focar em coisas mais alegres." (episódio 14)

Eu poderia falar horas e horas sobre os motivos pelos quais todo mundo deveria assistir Forever, mas deixo apenas essas poucas palavras e digo, ainda, que a trilha sonora é incrível.

O bom de assistir muitos filmes é que você acaba conhecendo bandas e músicas diferentes. Não conhecia a banda White Lion, mas gostei dessa música e decidi conhecer mais a banda. É bem legal. Ouvi Wait no filme Cold in July, com o Michael C. Hall, nosso eterno Dexter. No filme ele mata um cara que invadiu sua casa, mas acaba descobrindo que é tudo armação da polícia junto com o FBI para esconder um problema muito maior. Faz pensar em quantas coisas as autoridades fazem sem nosso conhecimento, não é verdade?

BOA SEMANA!

02 de Março de 2015

Sabe aquele livro simples que te surpreende? Extraordinário é assim. Quando lançou, vi que fez muito sucesso, mas achei que era mais uma história em que o personagem principal está doente e morre. Mas na verdade, August, o protagonista tem uma síndrome genética que deixou seu rosto deformado desde o nascimento. Desde bebê, ele passou por uma série de procedimentos médicos e por isso nunca frequentou uma escola. Agora, com 10 anos, sua mãe decide colocá-lo no colégio, mas ele não quer, pois desde sempre precisou lidar com as pessoas se assustando com sua aparência, imagine como seria na escola? Crianças sabem ser cruéis.

August gostaria de ser tratado como o garoto normal que ele é, mas por onde ele passa, ele chama a atenção de todos. As pessoas olham e desviam o olhar, cochicham e apontam para ele. As crianças se assustam, sentem medo, não querem chegar perto dele e fazem comentários maldosos.

Ao chegar na nova escola, o diretor, Sr. Buzanfa, pede para que três alunos, Charlote, Julian e Jack Will, venham antes do fim das férias conhecer August e mostrar a escola para ele. Pede também que sejam gentis. Os primeiros dias de aulas não são fáceis, pois a escola é um lugar terrível para os diferentes.

Quando terminei de ler esse livro, pensei que ele poderia ser adotado nas escolas, em todos os períodos. Todos nós sabemos o quanto crianças e adolescentes são malvados e o bullying é uma coisa extremamente séria. August, mesmo com um rosto diferente, é um garoto normal, engraçado e inteligente e essas coisas a maioria das pessoas não enxergam. Extraordinário é uma ótima lição de vida!

Além disso, adorei o fato de que ele é fã de Star Wars e faz referência ao filme o tempo todo. Na verdade, o livro faz referência a diversos filmes e livros. A irmã do Auggie, Via, é um doce, super compreensiva, protetora e mesmo que em determinado momento ela tenha sido meio grosseira, consigo não sentir raiva dela, afinal, ninguém é de ferro e ela só tem 15 anos. Achei que a Miranda se destacou bastante. Você sente que ela ama o August e o considera um irmão. 

O mais legal de tudo é a amizade da Summer. Ela, por vontade própria e por ter um coração lindo, se tornou grande amiga dele. O Jack Will também mostrou ser uma criança maravilhosa e no final, todos perceberam que August não era o mostro que todos pensavam. Ele é só um garoto como qualquer outro. Quase chorei no discurso do Sr. Buzanfa ao entregar os prêmios no final do livro. A única coisa que não gostei é que as falas, em geral, não se parecem falas de crianças. Os capítulos são narradas a partir da perspectiva de August, Via, Summer, Jack, Justin (namorado da Via) e Miranda. Fora Justine Miranda, os outros também tem a idade do August, por isso achei meio adulto demais, mas tudo bem, isso não torna a história ruim. Extraordinário recebeu o título que merecia, deu super certo.

O que leva um ser humano a fazer mal a outro ser completamente indefeso? Essa é a pergunta que mais tenho feito ultimamente. Todos têm direito de gostar ou não de um bichinho, mas o fato de não gostar não justifica os mal tratos, assim como não é normal fazer isso com outro ser humano.

Sempre que ouço alguém falar que bateu em um gato, cachorro ou qualquer outro animal, com um sorriso na cara, me dói tanto, sinto raiva, vontade de gritar e chorar. Não entendo. Não sei como isso pode ser possível e natural aos olhos de alguém, sabe? É inaceitável! A verdade é que a maldade existe, não só com relação aos bichinhos, porém eles são os que mais sofrem, porque, infelizmente as leis no nosso país, assim como muitas outras coisas, são uma droga.

Há algumas semanas, circulou na internet um vídeo de um doente dando cabeçadas em um cãozinho. A noiva, ao descobrir, o despachou na mesma hora. Atitude linda a dela. Se você buscar a história dos maiores psicopatas, vai encontrar algo comum entre eles: começaram judiando de animais. Independente da idade, essa pessoa não é normal. Da mesma forma que assassinos, pedófilos, zoófilos e estupradores não são normais.

O que leva uma pessoa a pensar que "é só um gato, não precisa desse escândalo todo"? Sério que uma pessoa que mata um animal de propósito não é capaz de te matar enquanto você dorme? 

Gostaria muito que as pessoas tivessem um pouco de sentimento e percebessem que não adianta bater num gato para ele aprender. Se uma criança não aprende com um tapa, o que te faz pensar que um animal vai aprender? Mesmo que as leis não sejam eficazes, acho que se todos nós, amantes dos bichinhos, mostrarmos que quem faz isso é um louco, quem sabe mude, pelo menos, quem está mais próximo.

25 de Fevereiro de 2015