terça-feira, novembro 24, 2015
O SIGNIFICADO DE UMA FOTOGRAFIA
Quantas vezes já ouvi pessoas falarem que ficam tristes por não terem uma determinada fotografia de recordação. Eu mesma gostaria de ter tido a oportunidade de registrar momentos do passado, mas infelizmente já passou e tudo está na memória. Não que seja uma coisa ruim. Quando para para olhar fotos antigas bate uma saudade imensa de momentos que não voltarão, amigos que se foram - não apenas no sentido de morte. A fotografia tem um poder enorme sobre mim. Ela mexe comigo de várias formas que nenhuma outra coisa faz igual.
Compreendo perfeitamente que, hoje, com a disseminação dos registros fotográficos, a maioria seja adepta do "aproveite o momento e desligue a câmera". Por vezes esse pensamento me intimidou e me impediu de fotografar alguma situação. Ainda intimida, na verdade. Sou muito a favor disso, mas não acho que devamos ser radicais. Tudo nessa vida precisa ser feito com moderação e não é diferente da fotografia. Não é nenhum crime fotografar uma viagem, mas você precisa curtir aquele momento também.
Ando bem pensativa em relação à arte de fotografar. Ela tem me entristecido e me feito repensar todas as vezes que recebi algum dinheiro para isso. Talvez eu me atrapalhe na escrita, mas espero conseguir explicar bem o que tenho sentido. É que quando vejo várias pessoas apontando aquelas câmeras para qualquer coisa comum eu me sinto envergonhada e deixo o momento passar. Quando estou em reuniões de amigos/família, por causa de muitos comentários que rondam esse mundo, eu deixo de fotografar e por aí vai.
São situações que eu sei que um dia vou me arrepender por não ter nada registrado. Está na memória, mas a memória um dia vai embora. Sinto falta de amigos da infância que estão vivos na mente, mas que eu gostaria de ter ao menos uma fotografia. A sensação que tenho é que estou me censurando enquanto o mundo inteiro está fotografando. Quando falei sobre fotografar da lua, fui super enfática na questão de "todo mundo fez essa foto, mas você pode fazer também" e eu simplesmente não pratico isso.
Um dia, todos nós vamos querer uma foto daquele momento especial, então por que não fotografar? Essa foto hoje pode não significar muito, mas sem dúvida daqui cinco anos ela vai ter um grande valor, porque em cinco anos muita coisa muda. Hoje, essa foto da sua gravidez não tem muita importância. Essa foto do seu filho bebê também não. Sabe essa foto que você fez com a família? Hoje é só mais uma foto, mas amanhã pode ser a única recordação de um momento feliz que não se repetirá.
Acompanhe o blog nas redes sociais
segunda-feira, novembro 09, 2015
DO SEMÁFORO
"O cotidiano, ou o lugar-comum, é a mais básica e a mais rica categoria artística. Embora pareça familiar, é sempre surpreendente e novo."
-Jeff Wall
Não permita que as novas tecnologias e a banalização da fotografia te impeçam de fazer aquilo que você ama. Também não faça de qualquer jeito. Busque sempre um novo ângulo, e na falta dele, aproveite as oportunidades.
Acompanhe o blog nas redes sociais
quinta-feira, outubro 29, 2015
A DIFÍCIL MISSÃO DE ESTUDAR EM CASA
Desde o início do mês, eu decidi estudar mais seriamente e com um cronograma diário. Em casa. Vou fazer um mini resumo sobre como é o movimento na minha casa para vocês entenderem o motivo pelo qual é uma verdadeira missão. Todos os dias, pelo menos, mil pessoas passam pela minha casa, segundo informações da PM; dentre elas, crianças e mulheres que falam gritando. Como minha casa é pequena, meu quarto é bem sensível ao barulho, então parece que todo mundo passa no pelo quarto.
Sempre foi assim, mas eu já estava acostumada a estudar em meio ao barulho, já que fazia isso constantemente dentro dos ônibus da vida, mas, não perguntem por quê, hoje é quase impossível me concentrar com o barulho. Todos os dias têm sido uma batalha, pois não posso mudar essa questão, por isso tento me adaptar com protetor auricular, fone de ouvido e/ou uma playlist de músicas clássicas que ajudem a relaxar e manter a concentração.
Além disso, ainda preciso lidar com as interrupções. Minha família é bem compreensiva com o fato de eu passar a maior parte do dia sem dar as caras. Porém sempre tem aquela ideia de que estou disponível 24 horas por dia, dessa forma, cada vez que saio para abastecer a garrafinha de água, preciso lutar para me livrar das conversas, favores e atualizações diárias. Mesmo quando evito sair do quarto, ainda assim não consigo fugir de ficar de olho na minha sobrinha de 6 anos de vez em quando. Minha mãe cuida dela e às vezes ela precisa resolver alguma coisa na rua e sobra pra mim. Mas tudo bem, ajudar minha mãe sempre será prioridade.
Acho que essas coisas acontecem com qualquer pessoa que mora na casa dos pais e, assim como eu, está desempregada, dando a falsa impressão de disponibilidade total. Mas ainda existem alguns detalhes que são lutas diárias.
Eu tenho sérios problemas em manter a concentração e confesso que manter a disciplina de estudos também é bastante complicado. Desde que saí da faculdade, tenho o hábito de estudar língua portuguesa ao menos três vezes na semana, nem que seja uma leitura rápida. E assim também é com alguns outras disciplinas, mas você precisa de um cronograma e precisa acostumar seu organismo. Nas primeiras semanas foi mais difícil e eu até falei aqui no blog sobre as dificuldades e o calor que estavam me atrapalhando. Agora que o clima esfriou está melhor e eu com isso percebi que estou rendendo muito mais. Não está sendo fácil, confesso, largar o celular e vez ou outra, entre uma video-aula e outra me distraio com a internet. O Facebook já não faz mais parte do meu dia-a-dia, é só quando dá mesmo, mas a internet é um enorme buraco negro sugador de atenção.
Ademais está dando certo. Já consegui zerar algumas matérias, que agora são só revisões, e outras ainda me tiram o sono, mas só de pensar que pela primeira vez estou conseguindo estudar com antecedência me faz ver uma luz no fim do túnel para a minha situação atual. Aos poucos você consegue ver que vale a pena e é só questão de adaptação.
Acompanhe o blog nas redes sociais
sexta-feira, outubro 23, 2015
POSSO ATÉ SER CHATA...
Hoje, durante o banho, que aconteceu logo após a chegada de uma tropa de visitas indesejadas, fiquei refletindo sobre algumas coisas em relação ao meu jeito chato de ser. Não que eu seja realmente chata. Tá, eu sei que não sou lá a melhor pessoa. Confesso que já fui bem mais divertida e com o passar do tempo a minha paciência simplesmente foi ficando para trás. Mas tanta coisa aconteceu para que eu me tornasse assim e, de verdade, eu gostaria de ser mais paciente como nos tempos antigos e até me esforço para isso. O problema é que eu, constantemente, me faço uma série de perguntas sobre o ser humano e a única conclusão a que consigo chegar é: ME LEVA, DEUS!
Sério, as pessoas contribuem muito para que eu seja uma Dona Anésia. Te pergunto:
Eu precisaria ser essa pessoa chata se as pessoas falassem mais baixo:
Resposta: Não.
Eu precisaria ser esse ogro se as pessoas evitassem visitas às 6h da manhã, na hora do almoço e meia noite?
Resposta: Claro que não.
Eu precisaria ser esse ser monstruoso se os pais segurassem seus filhos e os impedissem de mexer nas coisas das casas alheias?
Resposta: Jamais.
Eu precisaria ser essa criatura horrenda se as pessoas falassem menos besteira, tais como "fulana é gorda/viado/preto/sapatão" e afins?
Resposta: Não mesmo.
Eu precisaria mesmo ser uma pessoa horripilante que não sorri se as pessoas lavassem a droga do prato que sujou?
Resposta: HAHAHAHAHA
Seria mesmo necessário agir tão friamente caso as pessoas não se metessem em assuntos nos quais não foram convidadas a opinar?
Resposta: zzzZZZZzzzz
Haveria alguma necessidade fazer a tão famosa cara de bunda se as pessoas fossem conversar lá fora e não na sala durante o jornal/série/filme/qualquer coisa?
Resposta: Of course not!
Eu precisaria bancar o Agente K se as pessoas falassem sem ficar me pegando?
Resposta: Lógico que não!
Eu precisaria xingar mentalmente caso as pessoas falassem pouco e não me contassem suas vidas, seus problemas, seus heroísmos?
Resposta: Nops
Eu teria mesmo a necessidade de ser o Lula Molusco caso as pessoas limpassem o pé antes de pisar no chão que acabei de limpar?
Resposta: Nooooops!
Você acha que eu seria esse monstro do pântano se as crianças fossem ensinadas o quanto é feio gritar e dar birra?
Resposta: Nããããão!
Se não existissem visitas, eu precisaria mesmo ser o Shrek?
Resposta: Todas as anteriores.
Então eu realmente posso ser um saco de pessoa, mas os seres humanos conseguem ser tão enjoados quanto eu. Claro que as pessoas por quem tenho carinho podem até me acordar no meio da madrugada para brigar comigo que eu não me importo. Hoje eu tenho pouquíssimos amigos e pouquíssimas pessoas que eu realmente gosto e faço questão que estejam perto de mim, essas pessoas sabem que são queridas e que podem contar comigo até em Plutão.
Sendo tolerância zero como sou, peço que você reflita um pouco sobre como você é em relação aos outros. Não acho que senso de humor tenha a ver com falta de paciência, até porque eu sou muito boba quando o assunto é rir de besteiras. Mas, gente, de verdade, não sejam idiotas. Não sejam chatas e não chamem os outros de chatos. E saiba que mesmo sendo um porre, tem quem goste de mim, ou seja, não sou 100% horripilante =D
Acompanhe o blog nas redes sociais
Assinar:
Postagens (Atom)