terça-feira, outubro 28, 2014

O que aprendi com o Sr. Strooge

Para quem não conhece. o Sr. Strooge é um personagem de Charles Dickens no livro Um conto de Natal. O livro é bem gostoso de ler e, dependendo da sua disponibilidade, em um dia você termina. 
Um mini resumo: Sr. Strooge é um homem detestável. Muito mal humorado, um chefe chato pra caramba, rico, mas que não gasta um centavo nem para ter um pouco de conforto. Não gosta do único sobrinho e detesta Natal. Ele era sócio de Jacob Marley, que morreu e deixou o escritório coo herança, mas justo naquele Natal, seu fantasma visita Strooge para mostrar algumas "coisas" que ele PRECISAVA enxergar.
É sobre essas "coisas" que quero falar hoje, o que aprendi com cada uma.
Os Fantasmas do passado, presente e futuro aparecem para mostrar um pouco sobre a vida para ele, mostram um pouco sobre como foi um Natal em seu passado, o Natal no presente e algumas situações futuras.
Primeira coisa que quero falar é que, nós sempre temos a chance de mudar se acreditarmos que nos fará bem. Acredito que a maioria das pessoas não têm esse pensamento de mudar para melhor, e quando digo isso, não me refiro somente a estudar mais, fazer exercícios físicos ou coisas do tipo. Não que não seja importante. Mas a questão maior é quem você é e como você trata as pessoas ao seu redor. O Sr. Strooge, como eu já disse, é conhecido por ser um chato e mão de vaca.
Enquanto lia o livro, eu pensava sobre a minha própria vida - fora a parte do dinheiro, porque se eu tivesse, eu seria só chata =) -, e como na maior parte do tempo eu não quero falar com ninguém, gosto de poucas pessoas e não sou capaz de fazer novas amizades, muito menos mantê-las. Houve um tempo em que eu era muito boa nisso, mas hoje eu apenas não quero/consigo. Entretanto, muitas coisas nós precisamos dar valor. Amigos verdadeiros e família, por mais que ela seja louca e problemática. Eu dou muito valor à minha e sei que se eu precisar, eles nunca me deixarão sozinha.
Apesar de não ser uma pessoa muito sociável, tenho algumas amigas que sei que se eu precisar delas três horas da manhã, elas estarão lá. E pensei seriamente em tentar formar amizades, nem que sejam virtuais sabe, sei lá, só para me sentir melhor.
Agora, algo que me fez refletir muito mais foi em algo que é característica fixa minha: ranzinza. Cara, não sei como as pessoas me suportam às vezes. Até eu sei quando estou sendo um porre e eu gosto de ser assim - sorry - mas tenho consciência plena de que não é uma coisa muito legal.
Quando você lê um livro com uma mensagem tão bonita quanto Um conto de Natal e você se identifica com o personagem, você começa a pensar em mudanças. Sério. Tentar ser uma chatice a menos no mundo e, confesso, estou trabalhando nisso. Claro que com algumas pessoas será uma missão impossível, mas juro que antes de morrer sozinha e sem ninguém pra lembrar de algo bom que eu fiz em vida, vou tentar ser menos velha chata. Não sei se consigo, mas tentarei.
Deixo a dica de leitura, vale muito a pena.

"Seu coração transbordava de felicidade, e isso era o bastante."

sexta-feira, outubro 24, 2014

Untitle

Querido diário...
Tá, é brincadeira. Mas nem tanto. Essa frase sempre me leva para uma época em que tudo era felicidade e eu não tinha tanto problema com pessoas como tenho hoje. Vem acontecendo uma sucessão de coisas chatas pra caralho que eu não me conformo e me faz querer morar em uma ilha deserta. Acontece que eu tenho um dom incrível de ser rodeada de pessoas que não gostam de mim e eu não consigo entender o motivo. Durante todos esses anos eu venho tentando de tudo: simpática, amiga, nojenta, fresca, tímida, inteligente, mas não funciona, sabe. De toda forma vai desagradar alguém, incluindo eu mesma.
Tem tanta coisa aqui dentro da minha cachola que eu finjo não me importar, mas no fundo eu me importo sim e dia após dia as pessoas mostram que não têm o mínimo de consideração por mim. Acho que de tanto eu fingir que não me importo, elas realmente acham que é verdade e fazem o que bem entendem. Ando tão cansada do ser humano. Seja porque me fez de trouxa, seja porque fica maltratando os haitianos ~ sério!
As pessoas estão cada vez piores, não se colocam no lugar do outro, muito menos se importam com sentimentos alheios. Custa você lembrar de uma bobeirinha que o outro não gosta? Para você é algo tão insignificante, enquanto que para o outro faz total diferença. Ultimamente me pego pensando na frase "ninguém é uma ilha". Será que não? Perdi a confiança e esperança nas pessoas, tenho para mim que elas sempre vão me decepcionar. Talvez seja por isso que nos últimos seis anos não tenho uma amiga que eu possa ter certeza que não estou apenas enchendo o saco com as minhas tristezas.

terça-feira, outubro 21, 2014

FILME | Não Aceitamos Devoluções (2013)

Ultimamente estou encantada com filmes não hollywoodianos, está sendo super válido conhecer outros temas e assuntos em geral e confesso que Não Aceitamos Devoluções me surpreendeu de uma forma incrível!
É um filme cheio de surpresas e muito divertido. Fala sobre Valentin, um cara que cresceu cheio de medos - apesar das tentativas de seu pai de livrá-lo deles - e principalmente medo de compromissos. Eis que um belo dia, uma de suas "namoradas" decide entregar a ele uma filhinha. Um bebezinho chamado Maggie. A mãe some do mapa e muita coisa acontece até que ela decide voltar cheia de surpresas. 
Claro que todas essas surpresas eu não vou contar, vou deixar que você assista e se surpreenda assim como eu. É uma história realmente linda e emocionante, mas acima de tudo surpreendente ~ ja falei mil vezes ~
Acreditem ou não, o final não é nada clichê. Nada parecido com que estamos acostumados.
É um filme mexicano e pelo que li, foi o primeiro da Loreto Peralta, atriz mirim que interpreta Maggie mais velha. Se isso é realmente verdade, a guria arrasou e tem um futuro perfeito no cinema.
Um incentivo para você assistir:

segunda-feira, outubro 20, 2014

Vontades que vêm do nada!

Eu tinha uma conta no Orkut até o seu último dia no ar e fazia parte de uma comunidade que o nome era Vontades que vêm do nada e eu realmente me identificava com ela, porque desde que me lembro eu sinto essas vontades loucas de fazer alguma coisa do nada, a qualquer hora do dia ou da noite, o problema é que eu quase nunca faço o que esses ataques de loucura me pedem para fazer. 
Às vezes são coisas que fazem sentido, outras vezes não há sentido algum. Por exemplo: vontade comer doce, vontade de comer algo salgado, vontade de sair correndo, vontade de gritar, de fotografar, de ficar calada, de conversar até esgotar qualquer assunto, vontade de ver fotos bonitas e inspiradoras, vontade de escrever, de olhar para o nada, de estar em outro lugar, de ficar no meu quarto e não falar com ninguém.
Ultimamente, o que mais sinto vontade é de escrever e de fotografar, mas eis que um big problema aparece. Eu não consigo transformar em palavras o que eu estou sentindo e não tem nada por perto que eu possa ou queira fotografar. 
Com relação a querer escrever, o que acontece é que eu tenho mil coisas passando na minha cabeça e de certa forma, escrever me faz sentir um alívio temporário. Minha cabeça está cheia o tempo todo. A todo momento buscando sobre o que escrever e na maioria das vezes escrevo textos vazios. É uma vergonha para mim dizer que não consigo escrever, afinal, sou uma professora, eu preciso disso, sabe. E por outro lado eu acho que me cobro demais, penso demais e faço de menos. O tempo todo vem na minha mente ideias sobre o que escrever, mas no final acabo não fazendo nada.
Sobre a fotografia é a parte mais revoltante. Sim, comigo mesma. É uma paixão antiga, porém, assim como as diversas vontades que vêm do nada, eu sinto vontade de fotografar lugares que eu sei que dificilmente estarei lá um dia e sabe aqueles conselhos que todo mundo sempre te dá, tipo "aproveitar o que tem por perto"? Não funciona para mim, tenho a imprensão de que já fotografei tudo o que havia para fotografar e não tem mais nada e no final, continuo sentindo as mesmas vontades de sempre e não faço nada. Quando vou mudar isso?
É a Milca!. Design by Berenica Designs.