segunda-feira, março 02, 2020
Conhecemos três minas de ouro desativadas em Ouro Preto
Mesmo depois de já ter feito outra viagem - que em breve será contada aqui -, ainda continuo contando para vocês sobre como foi nossa ida a Ouro Preto. Acredito que foi uma das melhores viagens que já fiz até agora, sei que outras virão, mas amei cada segundo daqueles dias.
Tem muita, mas muita coisa para fazer na cidade e uma delas é conhecer algumas das várias minas de ouro desativadas que existem por lá. Tá, preciso confessar que é meio claustrofóbico, mas a história é incrível e o conhecimento que você traz de lá de dentro é impagável.
Como o título da postagem diz, fomos em três minas. A primeira foi a Mina Du Veloso, a segunda foi a Mina Jeje e a terceira, 13 de Maio. Em ambas, antes de entrar na mina, um guia conversa com você e dá uma super aula de história, daquelas que a escola nunca deu.
A Mina Du Veloso foi uma experiência incrível. Como foi a primeira, acho que isso me impactou de uma forma que nem sei explicar.
A visita é guiada e o rapaz que foi com a gente, contou tudo sobre o início da cidade de Ouro Preto, falou sobre o tal ouro de tolo e contou sobre a vinda dos africanos para cá.
Antiga galeria subterrânea utilizada para extração de ouro nos séculos XVIII e XIX que atualmente foi adaptada para visitação turística. As visitas são guiadas e durante o trajeto são repassadas informações sobre o ciclo do ouro, que moldou nosso país. É dada ênfase especial ao mineradores africanos que realizaram os trabalhos e nunca eram lembrados. mostramos o protagonismo, o conhecimento e origem dos africanos que vieram sequestrados para os trabalhos da mineração setecentista. Na recepção há loja de arte, artesanato e joalheria, além de sanitários para os visitantes. (Fonte: Site Tripadivisor)
Na Mina Jeje, apesar de já saber um pouco sobre a história, o rapaz que nos guiou tinha um domínio total do que estava falando e mostrou a todo momento que tinha propriedade naquilo que estava explicando. Estávamos só nós três, então pudemos ter um contato mais pessoal, o que particularmente acho muito bom em viagens.
A cidade de Ouro Preto foi palco de intensas atividades de mineração do ouro no período colonial (Século XVIII), que deixaram remanescentes e vestígios até os dias atuais. Datada de 1714, a Mina Jeje proporciona ao visitante uma imersão ao período colonial contextualizada com o sábio processo de mineração e o traumático período da escravidão. A Mina Jeje, dada como a mais bela galeria subterrânea de Ouro Preto, revela uma verdadeira viagem no tempo. (Fonte: Site Tripadivisor)
A Mina 13 de Maio é bem pouco citada na maioria dos sites e blogs que falam sobre Ouro Preto e não entendo o motivo, já que é uma mina tão incrível quanto as outras e o guia foi super atencioso e paciente. Paciente, preciso dizer, pois o grupo em que fomos agraciados foi bem complicado.
Começou com um cara, visitante, 15 minutos ao telefone enquanto esperávamos para entrar na mina. Total falta de noção - e educação. Junto tinha um garotinho de uns 10 anos que certamente não tem o costume de ter limites impostos. Enfim.
Foi uma visita chata por causa desses contratempos, porém enriquecedora.
A Mina 13 de Maio é uma das minas mais antigas de Ouro Preto, que possibilita o visitante conhecer 180 metros de mina apreciando todo trabalho de exploração que foi feito para a retirada do ouro no Século XVIII. Pode-se apreciar também, a formação geológica da mina, através do conjunto de rochas ou minerais de características próprias, em relação à sua composição, idade, origem ou outras propriedades similares. Dentre os minerais de características próprias podemos citar o OCRE, argila colorida por óxido de ferro hidratado, com várias tonalidades pardacentas, aproximando-se do amarelo ou do vermelho empregado em pintura.
Algumas pessoas me questionaram por que não fomos à Mina da Passagem de Mariana. Eis aqui a minha explicação: trata-se de uma mina mais moderna e o preço do ingresso é bem alto. Como nos interessamos mais pela história mais antiga, não sentimos muita vontade de conhecê-la, apesar de termos passado na frente na volta de Mariana.
Algumas últimas considerações: as três minas são muito bem iluminadas e cada uma possui suas peculiaridades. O equipamento de proteção é oferecido pelo estabelecimento e a toquinha branca é apenas questão de higiene, logo não precisa prender todo o cabelo. Só me disseram isso la na Jeje.
Se for a Ouro Preto, não perca a oportunidade de visitar nem que seja uma mina de ouro desativada. É algo que, sem dúvida, muda sua forma de pensar a respeito de muitas questões sobre o mundo.
Visitar Ouro Preto, num contexto geral, me fez refletir sobre a história do nosso país. A nossa história. É uma viagem cultural que te ensina muito e mesmo aquele ditado popular que usamos no dia-a-dia não terá mais o mesmo significado depois que você conhece mais a história do povo que foi escravizado.
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Mina du Veloso
Endereço: R. Levindo Inácio André, 180 – São Cristóvão – Ouro Preto
Telefone: (31) 3551-0792
Horário de funcionamento: diariamente, das 9h às 18h
Valor: R$ 30,00 a inteira e R$ 15,00 a meia* – aceita apenas dinheiro.
Mina Jeje
Entrada: Inteira R$30,00. Meia R$15,00* para: professores, estudantes mediante apresentação de carteirinha escolar ou declaração da escola, idosos brasileiros acima dos 65 anos de idade mediante apresentação de RG. Isenção para: crianças até sete anos de idade mediante apresentação de certidão de nascimento ou RG, Ouro-pretanos que apresentarem comprovante de residência ou RG, guias turísticos devidamente credenciados e mediante apresentação de crachá vinculado a instituição de turismo.
Horários de funcionamento: Aberta para visitação todos os dias, das 9 às 17 horas.
Endereço: Rua Chico Rei, 371, Alto da Cruz – Ouro Preto
E-mail: deividfnx21@gmail.com
Telefone: +55(31)98591-8375
Mina 13 de Maio
Rua 13 de Maio n°67, Alto da Cruz Tel.: +55 (31) 3552-1685
Visitações: Segunda à Domingo das 08:30 às 17:00 h . R$25,00*.
*Valores de outubro de 2019
quarta-feira, fevereiro 26, 2020
Futuro do blog, dúvidas e mais dúvidas
Não sei bem como começar esse post, porém preciso começar de alguma forma. Vocês sabem que vez ou outra a frequência de postagens por aqui cai. Normalmente é falta de tempo ou bloqueio criativo. Agora foi diferente. Eu quis - acho que ainda quero - acabar com o blog. Não deletá-lo e tal, mas simplesmente começar de novo, do zero.
Mudei o nome da conta no Instagram, da Fanpage e criei outro blog, que ainda não está no ar. Depois de ter feito tudo isso, lembrei que ainda tenho compromissos a serem cumpridos com algumas editoras parceiras e, por mais que ja esteja com muito atraso, não posso simplesmente deixar para lá.
Às vezes bate um super desânimo, pois desde que comecei a ganhar algumas coisas com o blog, passei a tratá-lo como "emprego" e perdeu um pouco daquela magia que o hobby trás.
Pensei que encerrando as parcerias e não aceitando mais publicidade, isso mudaria. A verdade é que não mudou e que quando vejo as postagens anteriores parece que aquela pessoa não era eu. E olha que eu acho que não mudei tanto assim. Esse blog conta muito sobre quem eu sou/fui.
Ainda não decidi realmente o que eu quero. Hoje de manhã falei para o Rodrigo que não queria mais ter blog e nem me envolver com mais nada relacionado a isso.
O problema é que ficaria um buraco na minha vida. Não sei viver sem isso aqui. Entretanto sigo com confusa em relação ao que farei daqui para frente. Estou com uma dúvida imensa se sigo aqui nesse espaço ou se migro para outro site.
Vou decidir isso o mais rápido possível e vou atualizando vocês. A única coisa que é certa é que o nome do blog vai mudar. Já mudou, só estou verificando algumas possibilidades com a Hostgator.
Enfim, era isso que eu queria dizer.
Até breve.
quinta-feira, fevereiro 06, 2020
1001 DICAS DE PORTUGUÊS – MANUAL DESCOMPLICADO - DAD SQUARISI E PAULO JOSÉ CUNHA
Sinopse: Notas
1 - Só se usa quantia para dinheiro. O certo, na frase lá de cima, é quantidade de tempo (p. 241).
2 - Apesar de se referir a fêmur, a forma correta é femoral (p. 125).
3 - Nem glamourizar nem glamurizar: a palavra correta é glamorizar (p. 138).
4 - O correto é confusão monstro. Como adjetivo, monstro não se flexiona em gênero nem em número (p. 197).
5 - Escreve-se seriíssimo (p. 262).
6 - O certo é xifópago (p. 306).
7 - Siamês é quem vem ao mundo no Sião, hoje Tailândia. Lá nasceram, em 1811, os gêmeos Chan e Eng, unidos um ao outro por uma membrana na altura do tórax. Os irmãos siameses viveram 63 anos. A medicina da época não dispunha de meios para separá-los.
(Fonte: Blog da Editora Contexto)
★★★★★/5
Esse foi um dos livros que recebi em parceria com a Editora Contexto e que fez uma grande diferença na minha vida. Ser professora de português às vezes é bem chato, já que as pessoas acreditam que somos dicionários ou gramáticas ambulantes.
Quando se trata de texto escrito é pior ainda, pois na oralidade nós conseguimos nos expressar e o tom de voz é uma grande ajuda. Mas na escrita, além de você ser cobrado mil vezes, ainda há quem goste de tirar os famosos prints para zoar com uma vírgula fora do lugar.
Graças a Deus eu nunca tive problemas com isso. Não ligo para uma coisinha ou outra. Somos humanos, não máquinas.
Mas a questão aqui é que no meu ambiente de trabalho eu gosto de ser o mais correta possível. Quando estou exercendo minha função aí sim preciso fazer correções e ter respostas para meus alunos.
Além de professora, ainda estou na difícil vida de concurseira. Não pretendo parar ainda e achei que 1001 Dicas de Português seria fundamental para o meu dia a dia.
Trata-se de um manual incrível com as melhores dicas da nossa língua. Eu achei o livro muito bem organizado - vai de A a Z - e bastante claro e objetivo. São dicas realmente úteis e muitas delas, sinceramente, eu nunca nem tinha imaginado. Aí de repente você se pega precisando usar tal palavra. Engraçado.
Também considero o livro 1001 Dicas de Português como um livro de curiosidades. É muito legal a forma como os autores colocam os exemplos e contam a origem de alguns termos que usamos e não pensamos sobre o motivo de usarmos atualmente.
1001 Dicas de Português meio que virou meu livro de cabeceira. Eu o levo para todo lugar e ele já está até amassado por conta disso. Sempre que preciso vou lá e faço uma consulta rápida e simples.
Fica minha recomendação e espero que vocês comprem e façam bom uso dessa maravilha.
Título: 1001 Dicas de Português
Autor: Dad Squarise e Paulo José Cunha
Páginas: 320
Ano: 2015
Editora: Contexto
I.S.B.N: 9788572449083
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segunda-feira, janeiro 20, 2020
PASSEIO DE TREM OURO PRETO/MARIANA, VALE A PENA?
Uma das minhas maiores dúvidas quanto à ida a Ouro Preto era se valeria a pena fazer um passeio até a cidade de Mariana no trem da Vale. A resposta é: sim, vale a pena, mas não acabou o post, quero contar sobre minha experiência.
A primeira coisa que quero dizer é: vá cedo para que você possa conhecer os arredores da estação - que é lindo, mas não deu tempo de olhar direito e fotografar. Nós acabamos pegando o último horário e fazer as coisas na correria é horrível.
Confesso que é uma experiência muito legal. Quando nós fomos a Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul, eu queria muito fazer o passeio de maria fumaça, mas não deu, então meio que me senti na obrigação de fazer o passeio dessa vez em Ouro Preto. Talvez eu nunca me perdoaria se não tivesse feito.
Mas como nem tudo nessa vida é perfeito, tivemos o prazer de ir a viagem inteira com uma criança gritando em companhia da buzina do trem. Eu desanimei um pouco por causa disso. Minha cabeça doeu horrores, mas fazer o quê, certo?
Uma coisa que vale a pena fazer é comprar a passagem para o assento perto da janela, se você for em dupla, vá um no banco da frente e um no de trás. Assim dá para ver tudo melhor. É só explicar para as atendentes, elas já sabem e entendem bem nossa linguagem de turista.
Preciso dizer que dá muita aflição lembrar dos desastres de Bento Rodrigues e Brumadinho. Apesar de não serem tão perto a ponto de causar medo, é muito triste lembrar da tragédia. Por não ser muito próximo, o rompimento da barragem de Mariana não afetou o centro da cidade.
Quando chegamos em Mariana, acabamos não andando muito, eu estava muito cansada mesmo e por mim eu já teria voltado na hora que descemos do trem, mas o Rodrigo ainda quis dar uma olhada.
Compensa voltar de ônibus e algumas pessoas costumam visitar a Mina da Passagem. Não fomos, porque eu achei bastante cara e nós já havíamos conhecido outras minas. Além disso, a Mina da Passagem é estilo moderninha, então não vi muita graça.
Não lembro exatamente quanto pagamos, mas como era baixa temporada o valor era menor, mas você pode comprar as passagens pela internet (aqui).
É bem divertido. Como eu disse ali em cima vale a pena sim, a paisagem é bem bonita e é uma experiência diferente.
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