segunda-feira, março 25, 2019

LIVRO | FILOSOFIA DO COTIDIANO - LUIZ FELIPE PONDÉ

Sinopse: “Filosofar nunca foi sobre deixar você feliz. É que andam mentindo muito por aí. Filosofar está mais ligado ao despertar do sonambulismo. Essa é minha proposta nesta conversa com você.”

“Seguiremos em direção a um mar profundo, muito distante do que o senso comum assume que o mundo seja. O mundo não é um mar calmo de evidências. É um oceano cheio de pequenas tempestades a serem vencidas. O cotidiano nesse percurso não é a mera passagem das horas, é o cotidiano contemporâneo, permeado pelo caráter histórico desta época em que vivemos.”

“Somos seres muitos mais acanhados em nossa natureza do que a aberração feliz postada nas redes sociais (e na publicidade em geral). Suspeito mesmo que a própria ideia de felicidade se tornou uma variável patogênica em si.”

“Quem tem medo de sofrer é incapaz de desejar.”

“Leitura é um hábito anormal, se ‘normal’ for ser igual à maioria.”

“A obsessão pela felicidade faz de você um chato. Como escapar dessa armadilha? Escolher o fracasso? Não precisa, ele te achará. Viver sem fórmulas é o desafio.”
Faz algumas semanas que recebi da Editora Contexto - nova parceira do blog - o livro "Filosofia do Cotidiano". Preciso dizer que fiquei um pouco receosa de ler quando vi que era do Luiz Felipe Pondé por causa das posições políticas dele. Porém, não quero JAMAIS ser o tipo de pessoa que só lê aquilo que concorda 100%.

Mesmo discordando de vários pensamentos dele, acho importante não viver em uma bolha, afinal, não é só o meu pensamento que está certo - ou errado.

Em "Filosofia do Cotidiano", mais recente livro do Luiz Felipe Pondé, são abordados os assuntos mais triviais do dia-a-dia e nos leva a refletir a respeito de coisas que fazemos e normalmente não nos damos ao trabalho de pensar sobre.

Algumas frases do livro são bem dolorosas de ler, já que elas vão vem na dura realidade. Particularmente adoro filosofia e é algo que deveria estar mais presente na vida de todos nós. Como ele diz em determinado momento, a "filosofia está mais ligada ao despertar do sonambulismo" e isso dificilmente nos deixará feliz.

Seguindo uma linha de pensamento bastante conservadora, o escritor propõe um pensamento acerca de vários assuntos tanto voltados para a religiosidade, e o fato de as pessoas se manterem céticas, questões sociais e familiares. 

Ao dizer a expressão "despertar do sonambulismo", ele quer dizer algo como deixar de lado nossos dogmas para, assim, enxergar a realidade. Acredito que seja mais ou menos como um psiquiatra que tem a ciência e sua crença em algum ser superior, ele não vai misturar os dois mesmo porque nem todo paciente é igual.

Concordo com esse fato e não é porque eu acredito que Deus existe que simplesmente vou ignorar a física, a ciência e todos os conhecimentos conquistados ao longo de décadas. Essa é a ideia de despertar.

No que diz respeito a questões sociais e familiares, confesso que li os capítulos 5 e 12 com muita raiva. Lembram quando o vice-presidente declarou abertamente que uma criança que cresce sem um pai, uma figura masculina, tende a se envolver com a criminalidade (mais ou menos assim)? Pois bem, aqui, Pondé deixa clara a sua concordância. 

Quando o assunto é empoderamento feminino, ele faz parecer que mulheres que decidem tocar a vida sozinhas são solitárias. Claro que ele aponta os dois lados, mas acho que é uma questão bem delicada para explicar em duas páginas.

No geral, se trata de uma ótima leitura, com 24 capítulos curtos - cerca de duas páginas e meia - em que é possível tirar muita coisa boa. Precisamos estar abertos a várias opiniões, afinal vivemos em uma democracia e em um país livre. 

É impossível agradar a todos o tempo todo. As divergências servem para crescimento, desde que colocadas de forma saudável. 

Fica aqui a minha indicação, em um dia você termina a leitura. Espero que tenham curtido.

Até a próxima.

Título original: FILOSOFIA DO COTIDIANO
Páginas: 128
ISBN: 9788552000839
Selo: Editora Contexto

Compre na Amazon.

segunda-feira, março 11, 2019

SALTO CORUMBÁ - GO

E aí, como foram de carnaval? Eu fiquei em casa mesmo e deu para descansar muito. Até demais, eu acho. Agora que passou, dizem por aí que o ano começou oficialmente. Para mim já começou faz tempo, mas parece que realmente tem um clima diferente no pós-carnaval.

Hoje vou compartilhar com vocês um passeio que fiz no início do ano, ainda durante as férias. O Salto Corumbá fica aqui pertinho, no Goiás, e é lindo. Particularmente eu adoro o cerrado e amo cachoeiras. 

Sempre ouvi falar sobre e a vontade de ir era enorme. Finalmente conseguimos um tempinho e fomos. Eu costumo dizer que a Lei de Murphy comigo é infalível, talvez isso até atraia más energias, mas é a verdade. Justo no dia em que decidimos sair de casa, viajar por quase duas horas e aproveitar uma cachoeira, choveu. Choveu e fez frio.

Eu sabia que lá era um lugar com cachoeiras, mas não me atentei ao fato de que são várias trilhas para chegar até elas. Fui de chinelo e olha, não façam isso. Aguentei firme, mas de tênis teria sido bem melhor.

Agora vamos ao passeio. O Salto Corumbá, como eu disse, fica aqui pertinho, mais precisamente a 120km de Brasília e possui cachoeiras lindíssimas. A maior delas, a Cachoeira do Salto, possui "50 metros de queda d’água, que formam a principal cachoeira que temos em nosso parque: a Cachoeira do Salto. Toda a sua exuberância, formada pelo Rio Corumbá, oferece aos visitantes a possibilidade de se refrescarem e reenergizarem, sentindo e contemplando aquilo que de mais belo o nosso Cerrado e a Natureza em si têm para oferecer.


Não canso de dizer o quanto amo mirantes. Para chegar até lá você precisa fazer uma trilha, ela fica no caminho para as cachoeiras. A vista é linda e não liguem para a minha cara de sono/cansada/acabada, sempre que tiver post que contenham piscina/cachoeira, minha cara será essa. Além disso, eu não estava preparada para andar tanto (sedentária).


Uma coisa importante de citar é que lá tem restaurante com uma comida incrível e com preço bom. É self service, no peso, R$35 se não me engano. E também têm várias outras atividades para fazer por lá, tirolesa, por exemplo e tem muita atividade para crianças. Se você curte toboágua lá também tem. É possível se hospedar em pousadas ou no camping. Talvez eu faça um dos dois futuramente. 

Apesar de amar a praticidade de fotografar com celular, ultimamente estou bem chateada com a qualidade das fotos. Prometo que vou pegar o costume de levar a câmera para os lugares que eu for. Algumas fotos daqui foram tiradas com câmera, outras com celular.

Fica aqui a minha dica de passeio para quem mora aqui nas redondezas. Pretendo voltar lá em breve e irei preparada.

Ah, pagamos R$50 cada para entrar. Mais informações você pode acessar o site do Salto Corumbá.

Espero que tenham curtido.

quarta-feira, fevereiro 27, 2019

LIVROS CURTINHOS PARA FUGIR DO CARNAVAL

Carnaval chegando e por aqui vou só aproveitar os dias de folga. Pretendo ler bastante, assistir algumas séries que estão atrasadas e comer muita besteira.

Pensando nas pessoas que, assim como eu, vão ficar em casa curtindo o bloco unidos da Netflix, separei alguns livros que são bem curtinhos e que você, com certeza vai ler antes mesmo do fim do feriado. Vamos lá.


1 - Tormento (John Boyne) - Danny Delaney curtia tranquilamente as férias, até que sua mãe volta pra casa tarde da noite, escoltada por dois policiais. Ele logo percebe que algo terrível aconteceu. A sra. Delaney havia atropelado um garotinho, que agora está em coma e ninguém sabe se vai acordar. Consumida pela culpa, ela se isola de todos ao seu redor. Caberá a Danny e seu pai impedir que a família se despedace.

2 - O Alquimista (Paulo Coelho) - Quando você quer alguma coisa, todo o Universo conspira para que você realize seu desejo. De tempos em tempos, surge um livro capaz de mudar para sempre a vida de seus leitores. "O Alquimista" é um deles.
Com mais de 65 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, o mais famoso título de Paulo Coelho já se estabeleceu como um clássico moderno, atemporal e universal, que segue fascinando públicos cada vez maiores, de diferentes gerações. Simples, sábia e inspiradora, esta história refaz os passos de um pastor da Andaluzia que viaja para o deserto egípcio em busca de um tesouro enterrado nas Pirâmides. O que começa como uma jornada para encontrar bens materiais torna-se uma descoberta das riquezas que escondemos dentro de nós mesmos. As belas lições que Santiago aprende ao longo do caminho nos falam da sabedoria de ouvir o que diz o coração, de ler os sinais com que deparamos ao longo da vida e, acima de tudo, da importância de seguir os nossos sonhos.

3 - A Natureza das Coisas (Marília Passos) - A natureza das coisas é um título que revela ao esconder. Com uma trama direta, discorre a condição emocional e psicológica sem alarde. No entanto, a profundidade dos sentimentos, a intensidade das descobertas e o peso das escolhas são temas que percorrem cada linha. As atitudes de seus personagens refletem um mundo em que as aparências se igualam a sonhos. Quando acordamos, vemos quem somos e podemos seguir adiante ou optar por viver numa ilusão falha. Ao mesmo tempo em que o leitor sente empatia, encontra uma reflexão leve na superfície e tremenda no interior sobre como nos relacionamos, incluindo com nós mesmos.

4 - Extraordinário (R. J. Palácio) - August Pullman, o Auggie, nasceu com uma síndrome genética cuja sequela e uma severa deformidade facial, que lhe impôs diversas cirurgias e complicações medicas. Por isso, ele nunca havia frequentado uma escola de verdade... ate agora. Todo mundo sabe que e difícil ser um aluno novo, mais ainda quando se tem um rosto tao diferente. Prestes a começar o quinto ano em um colégio particular de Nova York, Auggie tem uma missão nada fácil pela frente: convencer os colegas de que, apesar da aparência incomum, ele e um menino igual a todos os outros. R. J. Palácio criou uma historia edificante, repleta de amor e esperança, em que um grupo de pessoas luta para espalhar compaixão, aceitação e gentileza. Narrado da perspectiva de Auggie e também de seus familiares e amigos, com momentos comoventes e outros descontraídos, Extraordinário consegue captar o impacto que um menino pode causar na vida e no comportamento de todos, família, amigos e comunidade um impacto forte, comovente e, sem duvida nenhuma, extraordinariamente positivo, que vai tocar todo o tipo de leitor.

5 - Passarinha (Kathryn Erskine) - No mundo de Caitlin, tudo é preto e branco. Qualquer coisa entre um e outro dá uma baita sensação de recreio no estômago e a obriga a fazer bicho de pelúcia. É isso que seu irmão, Devon, sempre tentou explicar às pessoas. Mas agora, depois do dia em que a vida desmoronou, seu pai, devastado, chora muito sem saber ao certo como lidar com isso. Ela quer ajudar o pai - a si mesma e todos a sua volta -, mas, sendo uma menina de dez anos de idade, autista, portadora da Síndrome de Asperger, ela não sabe como captar o sentido. Caitlin, que não gosta de olhar para a pessoa nem que invadam seu espaço pessoal, se volta, então, para os livros e dicionários, que considera fáceis por estarem repletos de fatos, preto no branco. Após ler a definição da palavra desfecho, tem certeza de que é exatamente disso que ela e seu pai precisam. E Caitlin está determinada a consegui-lo. Seguindo o conselho do irmão, ela decide trabalhar nisso, o que a leva a descobrir que nem tudo é realmente preto e branco, afinal, o mundo é cheio de cores, confuso mas belo. Um livro sobre compreender uns aos outros, repleto de empatia, com um desfecho comovente e encantador que levará o leitor às lágrimas e dará aos jovens um precioso vislumbre do mundo todo especial dessa menina extraordinária.

Já leram algum da lista?


Espero que curtam, até a próxima.

segunda-feira, fevereiro 25, 2019

LIVRO | MENINA BOA, MENINA MÁ - ALI LAND

Sinopse: Os corações das crianças pequenas são órgãos delicados. Um começo cruel neste mundo pode moldá-los de maneiras estranhas Nome novo. Família nova. Eu. Nova. Em folha. A mãe de Annie é uma assassina em série. Um dia, Annie a denuncia para a polícia e ela é presa. Mas longe dos olhos não é longe da cabeça. Os segredos de seu passado não a deixam dormir, mesmo Annie fazendo parte agora de uma nova família e atendendo por um novo nome — Milly. Enquanto um grupo de especialistas prepara Milly para enfrentar a mãe no tribunal, ela precisa confrontar seu passado. E recomeçar. Com certeza, a partir de agora vai poder ser quem quiser... Mas a mãe de Milly é uma assassina em série. E quem sai aos seus não degenera...
Eu já tinha ouvido falar várias vezes que esse livro era bem perturbador. Exatamente por esse motivo eu não exitei na hora de comprar. Se você é do time dos adoradores de thriller psicológico, então com certeza vá amar Menina Boa, Menina Má.

Acredito que não seja necessário repetir tudo o que já está na sinopse, então vou logo dizendo que é um livro que realmente me agradou e surpreendeu, visto que passei a leitura toda pensando em o final seria de um jeito. Apesar de não ser aquele final totalmente surpreendente, é um final que eu não esperava, porém adorei.

Toda a história é como se a Annie, ou melhor, Milly estivesse conversando com a sua mãe. É algo como um diário. De tanto assistir/ler histórias de assassinos em série, eu já vi muito disso, onde a protagonista dialoga com alguém que na verdade não está presente em carne e osso, mas influencia de alguma forma.

A Milly é completamente influenciada pela sua mãe, mesmo que ela não esteja presente, é a referência que ela tem. Milly não é uma pessoa má, ela não quer ser má. 

Mas quantas vezes já vimos pessoas boas que querem seguir sendo boas, mas normalmente fazem de TUDO (e quando digo tudo, é tudo mesmo) para manter a vida "normal" que finalmente alcançaram? Basicamente minha reação às páginas finais foi
Não tem assim uma reviravolta, o livro simplesmente acaba, mas é algo tão inesperado que você demora a digerir, sabe?

Gostaria de acrescentar que, sempre que compartilho livros de thriller aqui, muita gente diz que não curte muito. Bom, caso você tenha interesse em começar a ler esse gênero, mas não sabe bem por onde começar e procura algo mais leve, aqui está minha recomendação.

É um livro que, mesmo trazendo um assunto pesado, ele é leve e você lê assim, rapidinho e sem muitas neuras e desgraçamentos mentais.

Vamos falar um pouquinho sobre alguns dos personagens que estão envolvidos? Primeiro, Phoebe. Menina insuportável, mas nitidamente carente de atenção dos pais. Não merecia o que teve, mas era insuportável mesmo assim e inconsequente. As amigas, principalmente Clondine, poderiam pensar por conta própria, mas sabemos que isso é praticamente impossível.

Mike e Saskia, duas pessoas aparentemente maravilhosas. Mike é do tipo que tem essa vontade de ajudar, mas Saskia é quem precisa de ajuda. Bem parecido com a vida real, né?

Você já sonhou com um lugar muito, muito distante? Eu já.
Um campo repleto de papoulas.
Minúsculas dançarinas vermelhas, valsando alegremente.
Apontando suas pétalas para um caminho que leva a uma orla, pura.
Ininterrupta.
Eu, boiando de barriga para cima, um oceano turquesa. Um céu azul.
Nada. Ninguém.
Eu queria muito ouvir as palavras: “Nunca vou deixar que nada aconteça
com você.” Ou: “A culpa não foi dela, era só uma criança.”
Sim, são esses os tipos de sonhos que eu tenho.
Não sei o que vai acontecer comigo. Estou assustada. Diferente. Não tive
escolha.
Eu prometo isso.
Prometo ser a melhor pessoa que puder.
Prometo tentar.

Morgan, independente do que Milly faça, ela é uma pessoa leal e que realmente gosta da Milly, mesmo depois de tudo. Tinha outra imagem dela na minha cabeça quando comecei a ler o livro.

Deixo aqui minha recomendação e espero que vocês curtam a leitura.

Até a próxima.

Título original: Good Me, Bad Me
Tradução: Claudia Costa Guimarães
Páginas: 376
ISBN: 9788501109552
Selo: Record

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